junho 12, 2017 Por Haras Vista Verde

Vamos ser BRASILIANOS, chega do “jeitinho brasileiro”

Há alguns dias, escutei uma palestra, e o palestrante falou algo que nos marcou, pois é exatamente como nos sentimos com toda esta situação que acontece no Brasil.

Ele afirmava que era BRASILIANO e não brasileiro, e eu passei a me considerar BRASILIANO também. BRASILIANO é que pertence, como Italiano, Americano, Baiano, Paulistano, etc. Eu pertenço ao Brasil, ao Brasil que queremos, não o que vivemos.

O Brasileiro, é como fomos chamados pelos Portugueses que nos descobrimos. Como a corte portuguesa, não tinha intenção de permanecer por muito no Brasil, fazia tudo do “Jeito Brasileiro”, daí criando nosso triste e famoso “jeitinho brasileiro”, traduzindo em miúdos, tudo feito “nas coxas”, sem planejamento.

Por isso me afirmo BRASILIANO, pois fazemos tudo com carinho e dedicação, sem ostentação, e sem grandes custos, pois é nosso modo de viver. Mas tudo com muita seriedade.

Seriedade esta que nos fez levantar a “BANDEIRA DO DRUGS FREE”, que muitos foram contra, mas conseguimos com muita “luta”, mostrar que nosso cavalo tem que viver sem drogas, como nossa família. Que no DRUGS FREE é mais barato, que atrai mais gente, que beneficia a genética, a boa criação, que dá longevidade ao cavalo. Uma dura batalha, onde todos hoje comemoram, Criamos alguns inimigos, mas valeu a pena.

Agora, como BRASILIANOS, vamos a mais “duas batalhas”:

  • Ao fim da inadimplência no Jockey Clube de Sorocaba e
  • A do registro dos animais nas datas corretas de seu nascimento.

O fim da inadimplência privilegia a entidade! Faz valer a lei: “só corre quem está em dia”, acaba como “jeitinho brasileiro”. Não é justo um devedor correr contra quem não deve.

Não é justo o Jockey levar a fama de mal pagador, porque não recebe de alguns para pagar os credores. Se for cumprido a lei das chamadas feitas pelo Jockey que diz, “somente serão aceitas inscrições de proprietários e profissionais em dia com a entidade”, acabamos com o “jeitinho brasileiro” e criamos uma sociedade de BRASILIANOS, sem ninguém levar vantagem e teremos um Jockey Clube sadio, saudável e muito mais respeitado.

Mudando de assunto, outra de nossas bandeiras é acabar com o “jeitinho brasileiro” das datas de nascimento. Esta batalha é difícil, complicada de se fazer respeitar, pois depende de cultura, a cultura de “não querer levar vantagem”, a famosa “Lei de Gerson” brasileira.

De acordo com a Associação Brasileira do Cavalo Quarto de Milha, o ano hípico inicia em 01 de julho.

Isto quer dizer, que animais são “enturmados” nas competições, por suas idades hípicas, então um animal que nasce em julho, compete com outro que nasceu em outubro, por exemplo, na mesma categoria, pois fazem parte da mesma geração.

Chama-se de animal “bem nascido” aquele que nasce o mais próximo possível de 01 de julho, pois em 01 de julho do outro ano, ele fará um ano hípico, bem próximo do seu aniversário real.

Outro nascido em outubro, fará um ano hípico, também no 01 de julho do próximo ano, mas enquanto o primeiro tem quase 12 meses ao completar um ano hípico, e o nascido em outubro, terá próximo de 9 meses.

O que todos os “brasilianos” sabem, é que tem muito criador brasileiro, registrando o seu potro que nasce em abril ou maio como nascido em julho, fazendo a “Lei de Gerson” brasileira. Este potro, quando chegar em 01 de julho do próximo ano, terá na verdade 15 meses completo, e competirá com aquele nascido em outubro de 9 meses. Injustiça total, concorda?

O justo é o justo, NÃO TEM “MEIA GRÁVIDA”, e nós queremos uma competição justa, temos que lutar a favor das datas de nascimento JUSTAS.

Ninguém é contra, por exemplo, um potrinho que adianta o parto e nasce em fim de junho, e é registrado como julho, o que não se pode permitir é nascimentos de MARÇO, ABRIL, MAIO e JUNHO, com registro em julho.

Te convido para mais esta luta, a favor da competição justa e honesta, venha com o Vista Verde a favor do DRUGS FREE – turfe livre das drogas, do SÓ CORRE QUEM TÁ EM DIA, e do REGISTRO NA DATA CORRETA!

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